quinta-feira, 2 de junho de 2011

Por Terras de Espanha

O facto do blogue estar a hibernar não significa que os “Setimanistas” o imitem.
Entretanto, os Cubanos realizaram mais um animado e divertido jantar que serviu também para preparar a viagem ao Norte de Espanha.
O Cronista-Mor, dos “Setimanistas 59-60” que, ao contrário de Fernão Lopes, não se limita à nudez da verdade, mas cobre essa nudez com a formosura das palavras, encarregar-se-á de relatar, nesta e noutras crónicas que se seguirão de contar a bem sucedida viagem.
Deixemos pois a palavra, a escrita e as fotos para o nosso Cronista-Mor
Vasco Lemos Vieira:




Grupo de Setimanistas
59/60
Somos todos uns artistas
E já ninguém nos aguenta

A cantar e a dançar
E vendo a banda passar
Jurámos por companheira
Esta linda brincadeira

Em cada um, um Amigo
Em cada um Lealdade
59/60
Grupo de Fraternidade

A caminho de SanTiago
P’ra orar e a cantar
Vamos todos felizes
A festa continuar

(com a música da Grândola…Morena)

Rumo ao Norte, por Terras de Espanha

“ quando o viajar se convierte en placer”

1-Salamanca







Não sei explicar mas à partida sente-se que tudo vai correr bem.
Mais, sente-se que nos aproxima um regresso à emoção da partida para uma excursão “à neve”. Tudo volta a acontecer na escolha dos lugares, nos sorrisos e na alegria de sair, partir e descobrir.
E sem saber bem a propósito de quê e porquê relembramos alguns professores desse tempo e que nos guardavam (?) durante a viagem. E são quase sempre os mesmos os que nos marcaram, por bem e por mal. O Camachinho e a Margarida Morna estão sempre presentes. Serão um símbolo que com outros recordamos.
Partimos Serra acima. O “horário” era uma confortável carrinha de 20 lugares e ao “comando” o sr. Augusto prometia ser simpático como foi.
E as conversas e as cerejas apareciam.
Uma paragem “técnica” e o amigo Augusto queria ajudar os cabelos brancos que querem continuar sem ajuda.
Passámos sem Guarda e logo alguém exibiu o “portinhol”.
Antes das pedras rosadas e bordadas de Salamanca a estrada deixava para trás as giestas em flor. Tudo era apreciado e um pequeno campo de papoilas que contrastava o amarelo era notado.
Uns já viram e como que queriam fazer de cicerones, outros aguardavam.
As belezas da pedra arrumada e talhada ao Céu em majestade começava. Seria assim por quase todo o percurso.
Salamanca por entre História descobria-se e ninguém pode esquecer o entardecer nas fachadas e arcos da sua “ Plaza Mayor”. As conchas e os pátios ficavam para uma próxima vez.
O tempo vai sempre perseguindo o desejo de parar para olhar e ver.
Tempo que nos falta e queremos ter tempo para ter tempo
e, assim guardamos o tempo que não nos guarda a nós.
Mas aqui o tempo é maior, tem “tiempo”.